Podem falar o que quiser, mas não vejo razão para mais um jogo do Cavaleiro das Trevas. Quer dizer, novos jogos do Batman são sempre bons, mas não necessariamente uma prequela do ressurgimento do herói pelas mãos da Rocksteady. Tanto que o estúdio também largou a produção nas mãos dos estúdios da WB de Montreal. Hoje pude experimentar a demo de quase 30 minutos do jogo, que durou um pouquinho mais para mim porque o produtor que me acompanhou na jogatina se perdeu durante o trajeto.
Não há muitas novidades no quesito exploração e combate. Lógico que foram inseridos novos elementos no mundo aberto criado em Arkham City, mas por enquanto não foram suficientes para justificar o Origins.
No lugar de Arkham, as ruas de Gotham, com uma extensão duas vezes maior que no jogo anterior. É muita coisa para explorar. Os combates são intensos, assim como no anterior, mas um tantinho rebalanceados. É igual, mas ligeiramente diferente, no bom sentido, com alguns novos inimigos, armas e finalizações.
Uma dessas armas pode ser utilizada na exploração do combate em stealth do jogo. É possível utilizar o gancho do herói prendendo uma das pontas no adversário e a outra em algum objeto qualquer (delimitado com a ajuda da mira do aparato). O choque entre os objetos nocauteia instantaneamente o inimigo e não deixa vestígios da sua presença - pelo menos não na demonstração.
Uma coisa que notei durante a demo foi que os tiros não estavam tirando tanta energia. Não sei se é pelo fato de ser uma demo e o Batman sofrer menos dano que na versão final, mas se essa facilidade para enfrentar esse tipo de oponente permanecer, ponto negativo pros caras.
O foco dessa demonstração, no entanto, era mostrar as novas capacidades do modo detetive. Além de procurar por evidências no cenário, Batman consegue recriar toda a situação dada no devido momento para descobrir seus motivos. É mais ou menos como uma máquina do tempo, que o herói simula a situação com a ajuda dos seus aparatos tecnológicos e estuda suas possibilidades.
A investigação acontece em tempo real e é preciso estudar cada detalhe da cena e da encenação criada pela realidade virtual. Com a ajuda dos botões R2 e L2 é possível ir para frente ou para trás da nova realidade criada com base em suposições, estudar seu trajeto e criar uma cena inteira do zero. Enquanto assiste, Batman vai analisando a situação e é preciso ficar atento para tudo que é comentado, pois seu próximo passo estará naquelas falas. A mecânica é divertida e promete momentos de investigação que deixarão CSI e Cold Case no chinelo.
Batman Arkham Origins ainda tem muito o que mostrar, e é bom que a WB Montreal consiga manter o nível estipulado pela Rocksteady e não manche o nome do Cavaleiro das Trevas com frivolidades.
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